A temporada 2011 da Fórmula 1 começa no próximo final de semana com algumas inovações tecnológicas para aumentar o número de ultrapassagens. Conheça, no infográfico abaixo, quais são elas e os seus efeitos na velocidade do carro. Confira também uma entrevista com Rubens Barrichello, piloto brasileiro da equipe Williams, que explica o impacto das inovações tecnológicas na pilotagem dos carros de F1. Texto: Fabiano Candido | Design: Thiago Schiefer
"A tecnologia ajuda no ajuste do carro", diz Barrichello
Veja o KERS e a nova asa em ação
Animação da equipe Red Bull mostra em detalhes as novas tecnologias de 2011
Quais os ganhos que a tecnologia traz para você e para a equipe?
Tudo melhora. As marchas, por exemplo, podem ser trocadas mais rapidamente e o controle do carro é aprimorado. A comunicação com o boxe, inclusive, melhorou bastante graças à tecnologia. Além disso, com os computadores, conseguimos ter mais variáveis de desempenho e ajustar os carros com mais precisão; e, claro, ter mais detalhes dos problemas.
Fonte do artigo: Info Abril - http://info.abril.com.br/infograficos/formula-1-2011/
"A tecnologia ajuda no ajuste do carro", diz Barrichello
Você está na F1 há 18 anos. Quais as diferenças eletrônicas entre o seu atual carro (o Williams FW33) e o primeiro que você pilotou, o Jordan Hart? Não dá nem para comparar os dois carros (parte eletrônica e parte aerodinâmica), se bem que já existia o câmbio semiautomático naquela época. Em 1993, o carro não tinha tantos recursos eletrônicos de controle e eu precisava fazer o tal "punta taco" – que é acelerar e frear com o mesmo pé e, em conjunto, trocar marchas e controlar o carro. Em 1993 já existiam carros com a suspensão ativa, mas o meu Jordan não tinha o recurso. Esses carros, inclusive, tinham a suspensão mais moderna que a de hoje em dia. A verdade é que a tecnologia, apesar de necessária, foi um pouco coibida, senão os F1 já teriam asas. A eletrônica embutida num F1 ajuda na condução do carro e pode ser diferencial para um piloto ser campeão? A tecnologia deixa o carro mais rápido, mas isso torna a condução ainda mais difícil porque a força gravitacional aumenta (a força que empurra o piloto para o lado contrário da curva). Por conta dos botões, das inovações, o piloto tem que ser ainda mais técnico. Se ele souber apenas a parte de mecânica e deixar de lado os recursos eletrônicos, não conseguirá ajustar o carro ao seu estilo de pilotagem. Você também trabalha com computadores durante o desenvolvimento do carro? Eu trabalho com os simuladores. Eles simulam os comportamentos do carro que vai para as pistas e eu repasso os dados dos testes aos engenheiros da Williams. Eu também fico bem próximo do time para definir a configuração técnica do carro. Um piloto precisa, por exemplo, definir as melhores posições para os botões que ficam no volante. Esses botões acionam o KERS ou a asa traseira móvel, além dos recursos tradicionais como rádio, limite de velocidade, equilíbrio de freios, entre outras coisas. Se o piloto não falar onde quer os botões, eles ficarão em lugares ruins no volante. |
Veja o KERS e a nova asa em ação
Animação da equipe Red Bull mostra em detalhes as novas tecnologias de 2011
Quais os ganhos que a tecnologia traz para você e para a equipe?
Tudo melhora. As marchas, por exemplo, podem ser trocadas mais rapidamente e o controle do carro é aprimorado. A comunicação com o boxe, inclusive, melhorou bastante graças à tecnologia. Além disso, com os computadores, conseguimos ter mais variáveis de desempenho e ajustar os carros com mais precisão; e, claro, ter mais detalhes dos problemas.
Fonte do artigo: Info Abril - http://info.abril.com.br/infograficos/formula-1-2011/